Ketlin veio ao mundo em Brasília e mudou-se para o Rio Grande do Sul aos sete anos. Sua mãe é natural do Sul e toda a sua família por parte materna reside na região.

“Quando eu tinha 12 anos, meu pai faleceu e a partir desse momento me senti responsável por ajudar minha mãe. Por ser filha única, a situação se tornou bastante complicada. Em 2016, concluí o ensino médio e ingressei no curso de Educação Física na faculdade. No entanto, meu verdadeiro desejo sempre foi cursar Medicina. Para alcançar esse objetivo, eu sabia que precisaria me dedicar muito aos estudos e deixar para trás minha cidade natal no interior do Rio Grande do Sul, Nova Petrópolis.”

No ano de 2018, ela conquistou a oportunidade de se mudar para Porto Alegre junto de sua mãe e de seu cachorro, o Max. Inicialmente, foram acolhidos na residência de algumas amigas dela, onde em troca, sua Mãe realizava serviços de limpeza e auxiliava nas tarefas domésticas. Durante esse período, ela se dedicou intensamente aos estudos com o objetivo de ingressar em uma universidade federal para cursar medicina. Contudo, durante essa fase, sua mãe foi vítima de constantes abusos psicológicos no local onde estavam morando.

“Decidi tomar uma atitude diante da situação. Como estávamos em meio a uma pandemia, conversei com um amigo que trabalhava com festas noturnas e possuía um depósito para armazenar os materiais dos eventos. Com a suspensão das festas, ele estava preocupado em continuar pagando o aluguel do local sem saber quando as coisas voltariam ao normal. Minha mãe, que estava aposentada, e eu, que estava dedicando meu tempo aos estudos sem um emprego, pensamos em nos mudar para o depósito, pelo menos para escapar da situação difícil em que ela estava vivendo. Dividíamos o valor do aluguel, sendo metade pago por nós e a outra metade pelo meu amigo, já que o depósito estava alugado para fins comerciais.”

Sua mãe trabalhou como cuidadora nesse período e Ketlin continuou estudando. No ano de 2019, passou para quimica medicinal na UFCSPA, uma federal de Porto Alegre.

“Em 2021, meu cachoro começou a ficar muito doente, e ele era muito importante pra mim, pois peguei ele quando meu pai havia morrido, então ele fez parte da minha adolencência toda. Quando vi que precisava levar ele ao veterinário e nao tinha dinheiro para os custos, fiquei desesperada. Naquela época conhecia pouco sobre o mundo de conteúdo adulto, mas já fazia alguns ensaios fotográficos com amigos meus e postava no instagram. Foi ai que muita gente me pediu para abrir um onlyfans. Desesperada tendo que pagar 3 mil reais de veterinário, eu fui lá e fiz. No primeiro mês consegui tirar esse dinheiro para pagar as despesas do Max, mas ele acabou falecendo algumas semanas depois. Entrei em depressão nessa época, mas o que fez eu sair foi a venda de conteúdo adulto. Eu me achei em algo que eu nunca pensei que fosse fazer.”

Hoje Ketlin é muito grata a tudo que conquistou nesses momentos difíceis. E Atualmente ainda faz faculdade e mora com a sua mãe e cada vez mais conquistando o publico e suas redes sociais. E vem muitos projetos pela frente como Influencer e produtora de conteudos adultos.

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