O calor e a umidade típicos do verão tornam a estação um dos períodos de maior risco para desequilíbrios da saúde íntima. Segundo a ginecologista Dra. Tatiana Aoki, da Ellowa Health, cuidados simples podem prevenir problemas comuns nessa época, incluindo irritações e candidíase.

O verão chega trazendo sol forte, mais tempo de biquíni, praia, piscina, transpiração excessiva e uma rotina alimentar mais relaxada. Embora a estação seja sinônimo de leveza para muitas pessoas, para grande parte das mulheres ela representa também um período de maior vulnerabilidade da saúde íntima. O calor e a umidade criam condições favoráveis ao desequilíbrio da microbiota vaginal e, com isso, aumentam as queixas de candidíase, irritações e desconfortos.

Segundo a Dra. Tatiana Aoki, ginecologista da Ellowa Health, o verão reúne uma série de gatilhos que exigem atenção redobrada. “Temos um aumento natural de ambientes úmidos, como o uso prolongado de biquíni, além da elevação da temperatura. Somado a isso, há uma tendência maior ao consumo de açúcar e à desregulação alimentar. Tudo isso interfere de forma direta na microbiota”, explica.

Ela destaca três fatores que se intensificam nesta época:

1. Consumo elevado de açúcar

“Sorvetes, bebidas doces e guloseimas típicas do verão contribuem para o desequilíbrio do microbioma vaginal, favorecendo a Candida albicans.”

2. Estresse e alimentação compensatória

“O estresse leva muitas mulheres a consumirem mais carboidratos e doces, criando um círculo que compromete a saúde vaginal.”

3. Hidratação insuficiente

“No calor, perdemos mais água e muitas vezes não repomos na mesma proporção. A hidratação adequada é essencial para manter a mucosa saudável e reduzir riscos.”

Fatores externos também pesam. Permanecer muito tempo com o biquíni molhado, usar roupas apertadas e ter contato frequente com areia e água salgada são hábitos comuns que alteram a ventilação e a umidade da região íntima.

“A vulva e a vagina são ecossistemas sensíveis. Pequenos desequilíbrios já são suficientes para desencadear sintomas incômodos. Entender isso ajuda a prevenir desconfortos típicos da estação”, reforça a ginecologista.

Além de ajustes nos hábitos, Dra. Tatiana Aoki destaca que a suplementação pode ser uma aliada, especialmente em épocas de maior oscilação da microbiota.

“Quando pensamos em microbiota vaginal, buscamos fortalecer o ambiente para que os lactobacilos, (nossas bactérias ‘boas’) consigam se manter em equilíbrio. Suplementos formulados com esse foco podem contribuir para reforçar esse ecossistema, sobretudo em épocas mais críticas, como o verão”, afirma.

A especialista cita como exemplo o Lumí Flora da pioneira Ellowa Health, suplemento amplamente utilizado para suporte da microbiota em uma combinação de probióticos específicos, prebióticos e nutrientes que favorecem o equilíbrio vaginal. “Ele atua como um reforço para a manutenção do equilíbrio vaginal, o que pode ser particularmente útil quando há maior exposição a fatores que desregulam esse sistema. Não substitui hábitos saudáveis, mas complementa o cuidado.”

Dicas da ginecologista para um verão íntimo mais saudável

  • Trocar o biquíni molhado sempre que possível
  • Optar por roupas íntimas de algodão
  • Reduzir açúcar e ultraprocessados
  • Beber água com frequência ao longo do dia
  • Estabelecer uma rotina que reduza o estresse
  • Manter cuidados de higiene que respeitem a microbiota
  • Buscar orientação médica antes de iniciar qualquer suplementação

Para a ginecologista, a principal mudança dos últimos anos é a busca das mulheres por informação segura. “As pacientes estão mais curiosas, mais conscientes e menos dispostas a aceitar desconfortos como ‘normais’. A educação em saúde íntima tem sido um pilar fundamental dessa nova fase.”

Com temperaturas em alta, o recado é simples: o corpo fala e ouvir seus sinais é o primeiro passo para viver a estação com bem-estar e autonomia.

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